Desde 1996 meu irmão é portador de câncer ( linfoma não-Hodkin) . Descobriu quando tinha 9 anos! Em 2010 houve a recidiva, novamente apareceram os sintomas na doença localizada no pescoço. Fomos para o Hospital das Clínicas e, após diagnósticos e exames, o Hematologista indicou RITUXIMAB associado à quimioterapia, único remédio capaz de combater a doença agressiva. Porém já nos alertou que o SUS não disponibilizaria. Pesquisando sobre o remédio, descobrimos que cada dose custava R$ 6.900,00. Meu irmão precisaria de 6 doses. Com nossos bens seria impossível custear.
Depois de procurar GERES e Secretaria do Estado de Pernambuco e não obter sucesso, resolvemos entrar com uma ação na justiça e ( pasmem!) a justiça autorizou a disponibilização do medicamento pelo Estado. Já no final do tratamento, recebemos um comunicado de que o Estado havia recorrido e ganhado a causa. Sorte que o tratamento já estava encerrado!
E agora, quando vi essa reportagem, relembrei de tudo que passamos. E indaguei: o Estado realmente se preocupa com o bem comum e a saúde do seu povo?
Rituximabe, medicamento usado para tratamento de linfoma não Hodgkin, não ganhou aprovação para combater versão folicular da doença
O remédio usado pela presidente Dilma Rousseff para o tratamento do câncer no sistema linfático que teve em 2009, o rituximabe, foi vetado em caráter preliminar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para ser prescrito a pacientes da rede pública.
O documento, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), esteve até esta segunda-feira em consulta pública e causou protestos de médicos e da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Já na rede privada, o mesmo medicamento tem licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ser receitado desde 1998.
Dilma foi curada de um linfoma não Hodgkin de grandes células B. Para este tipo de linfoma — um entre os 20 tipos existentes e que acomete 30% dos pacientes com a doença — o SUS já aprovou o uso do rituximabe. Mas para o linfoma não Hodgkin folicular, responsável por outros 20% dos casos, o parecer prévio da Conitec informou que não foram encontradas evidências que justificassem o uso do remédio. Em média, o tratamento completo com o medicamento custa cerca de R$ 50 mil, de acordo com a Abrale.
A Conitec fez o parecer usando informações da Roche, farmacêutica que fabrica o remédio e pediu à comissão a licença para fornecer o remédio à rede do SUS.
Agora, terminado o prazo para consulta pública, a comissão do SUS terá que divulgar se mudou de ideia ou manterá o medicamento fora da lista fornecida pela rede pública. De acordo com o Ministério da Saúde, o parecer final deverá ser anunciado entre os meses de maio e junho.
A comunidade médica internacional inteira recomenda o uso deste medicamento para o tratamento da doença. É como prescrever penicilina para tratar pneumonia. Não foi usado um critério médico, mas sim econômico para vetar o uso do rituximabe — afirma o oncologista Daniel Tabak, ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer.
Agora, terminado o prazo para consulta pública, a comissão do SUS terá que divulgar se mudou de ideia ou manterá o medicamento fora da lista fornecida pela rede pública. De acordo com o Ministério da Saúde, o parecer final deverá ser anunciado entre os meses de maio e junho.
A comunidade médica internacional inteira recomenda o uso deste medicamento para o tratamento da doença. É como prescrever penicilina para tratar pneumonia. Não foi usado um critério médico, mas sim econômico para vetar o uso do rituximabe — afirma o oncologista Daniel Tabak, ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer.
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