domingo, 14 de abril de 2013

Homenagem de Dedé Monteiro a Vinicius Gregório - Lançamento do CD


E Dedé diz a Vinícius...






Vendo um Vinícius Gregório,
Este espantoso rapaz,
Brilhar como vem brilhando,
Fazendo os versos que faz,
Talvez alguém o condene:
“- Não é o filho de Irene
De Agostinho do sapato?...
De onde vem tanta grandeza,
Tanta luz, tanta esperteza?...
Como é possível tal fato?...”

Foi mesmo assim com Jesus,
Quando milagres fazia:
“Esse aí não é o filho
De José e de Maria?”
Mas há uma explicação:
Vinícius nasceu no chão
Que só poesia tem;
Chão de Jó, Louro e Marinho,
E é filho de um Agostinho
Que faz “milagres” também:

Na festa deste CD,
Em São José do Egito,
Surpreendendo os ouvintes,
Agostinho fez bonito:
Tomou conta do coreto,
Pegou este bicho preto,
Com segurança sem fim,
E, ante a plateia espantada,
Sem titubear nem nada,
Versejou dizendo assim:


“Eu nasci no cariri,
Uma terra quente e fria.
Quente no mês de outubro,
Fria no mês de Maria.
Vim pra cá pra São José,
Pra minha grande alegria!
E aqui cumpri minha meta
Que foi fazer um poeta
Na Terra da Poesia!

E pr’eu não ficar aqui
Falando nele e no pai;
E pra ter plena certeza
Que agora o negócio vai,
Vou mostrar quem é que presta
Chamando o dono da festa
Pra vir, com sua emoção,
Tomar as rédeas da cena.
Ele é Poesia plena!
Careca de fazer pena,
Poeta que só o cão!!!

Vinícius, venha pra cá,
Demonstrar sua magia.
Mas você pode ser preso,
Até por quem se arrepia,
Porque, neste exato instante,
Você foi pego em flagrante
Como o maior traficante
Da droga da Poesia...

Dedé Monteiro
13 de abril de 2013

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