Se eu morasse muito além,
Onde nada me faltasse,
Talvez que nem precisasse
Cantar pra me sentir bem.
Sofro, mas canto também
Pra tristeza se mandar.
Se ela insistir em ficar,
Eu canto a canção das dores...
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!
Tive a sorte de nascer
Num chão que tanto me inspira,
Minha querida Tabira
Que me dá tanto prazer.
Se a seca me faz sofrer,
O verso me faz gozar,
Pois trago n'alma um pomar
Com frutos de mil sabores!
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!
Não há outra região
Tão rica de amor e paz,
Onde a poesia faz
Morada no coração.
ressequida do verão,
Fica triste pra chuchu!
Mas reveste o corpo nu,
Tendo da chuva os favores.
Sou mais um dos defensores
Do leito do Pajeú!
(Dedé Monteiro)
Um comentário:
Oi, Verônica,
dando uma passadinha para conhecer o teu blog e me alimentar de poesia, o pão nosso de cada dia... Dedé Monteiro, grande Dedé!
abç
Betha Mendes
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