Toda minha visão é catingueira,
Minha sede é de água de quartinha.
Sou fantasma das casas de farinha;
Sou pedaço de vida em fim de feira.
Ave-bala que tem mira certeira,
Um cordel de palavra incandescente.
Sou a presa afiada da serpente,
Que cochila nos pés do cangaceiro.
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
(Lirinha)
Um comentário:
Quem dera um dia conhecê-lo pessoalmente e dizer o quanto admiro. Lirinha é um artista múltiplo! Mariana
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