segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um soneto de Ronaldo Cunha Lima

Não Maldigo os Versos que lhe Fiz

Não maldigo os versos que lhe fiz,
Embora não devesse tê-los feito.
São versos que nasceram do meu peito,
Mas frutos de um amor muito infeliz.

São versos que guardam o que não quis
Guardar daquele nosso amor desfeito.
Relendo-os sofro, e sofrendo aceito
O que o destino quis como juiz.

Não os maldigo, não. Não os maldigo.
Vou guardá-los em mim como castigo,
Para no amor eu escolher direito.

Só porque nesse amor não fui feliz,
Não maldigo os versos que lhe fiz,
Embora não devesse tê-los feito.
(Ronaldo Cunha Lima)

Um comentário:

REGINA NÓBREGA disse...

Ele é incrível! Parabéns Verônica, pelo Blog.